Aprender inglês é o sonho de muitos brasileiros - especialmente com o aumento da globalização e da necessidade de dominar um segundo idioma para oportunidades profissionais e viagens. No entanto, é comum que aprendizes enfrentem desafios que vão além do vocabulário ou da gramática básica. Esses "detalhes" podem ser cruciais para quem deseja falar como um nativo. Muitas vezes, os erros mais comuns no inglês são causados por interferência do português, falta de exposição ao idioma ou por ensino focado apenas em regras gramaticais.
No Brasil, onde a cultura de aprender inglês ainda é restrita a quem tem acesso a boas escolas ou cursos especializados, esses desafios são ainda mais comuns. A boa notícia é que, com estratégias simples e práticas no dia a dia, é possível superar essas dificuldades. Neste artigo, nossos professores vão descomplicar os erros mais comuns de brasileiros no inglês - e oferecer dicas valiosas para ajudar você a evoluir com confiança!
10 erros mais comuns de brasileiros no inglês
Os detalhes fazem toda a diferença na fluência. Quando você elimina os erros mais básicos do inglês, ganha confiança para se comunicar com clareza e evita situações constrangedoras. No Brasil, é comum aprender inglês de forma teórica, sem muita prática oral, o que leva à perpetuação de erros.
Corrigir esses detalhes permite que sua comunicação em inglês flua de maneira clara e natural. Além disso, ser confiante ao falar inglês abre portas para oportunidades internacionais, viagens e crescimento profissional.
Vamos mergulhar nos erros mais comuns de brasileiros no inglês e aprender como evitá-los.
1. A confusão entre "make" e "do"
Um dos erros mais básicos do inglês é o uso incorreto de “make” e “do”. Ambos significam “fazer” em português, mas têm usos distintos no inglês.
- “Make” é usado para criar ou produzir algo. Exemplo: “I made a cake yesterday.”
- “Do” refere-se a atividades, tarefas ou ações gerais. Exemplo: “I need to do my homework.”
Dica prática: Para memorizar, associe “make” com criação (algo que você faz aparecer) e “do” com execução (algo que já existe e precisa ser realizado). Faça listas das tarefas do seu dia e pratique os dois termos.
2. Errar a posição do verbo em perguntas
Muitos brasileiros colocam o verbo no lugar errado ao formar perguntas, por influência direta do português.
- Errado: “You are happy?”
- Certo: “Are you happy?”
Dica prática: Grave na memória esta estrutura:Auxiliar/modal + sujeito + verbo principal.Exemplo: “Do you like pizza?” Faça perguntas para si mesmo em inglês sempre que possível para internalizar.
3. Have x there is/are
Outro erro recorrente é usar “have” no lugar de “there is” (há, no singular) ou “there are” (há, plural) para indicar existência. Ou seja, se você quiser falar “Tem muitas pessoas na sala / Há muitas pessoas na sala”:
Errado: “Have a lot of people in the room.”
Certo: “There are a lot of people in the room.”
Dica prática: Lembre-se:
“Have” = posse (I have a car).
“There is/are” = existência (There is a car in the parking lot ou There are many cars in the parking lot).
4. Idade: "I have 28 years old."
Em inglês, usamos o verbo "to be" para falar sobre idade.
- Errado: “I have 28 years old.”
- Certo: “I am 28 years old.”
Dica prática: Substitua mentalmente "eu tenho" por "eu sou/estou" ao falar sobre idade. Treine com outras idades para fixar.
5. Preposições: “in”, “on” e “at”
As preposições são um desafio porque não têm tradução literal - e fizemos um guia completo sobre isso bem aqui.
- “In”: usado para espaços fechados ou grandes áreas. Exemplo: "I live in Brazil."
- “On”: usado para superfícies. Exemplo: "The keys are on the table."
- “At”: usado para localizações específicas. Exemplo: "She is at the door."
Dica prática: Descreva onde você está ou objetos ao seu redor usando essas preposições corretamente.
6. Frases sem sujeito explícito
Em inglês, toda frase precisa de um sujeito, mesmo em sentenças impessoais.
Errado: “Is raining a lot.”
Certo: “It is raining a lot.”
Dica prática: Imagine o “it” como um sujeito genérico obrigatório em frases impessoais. Repita frases como “I love it” para fixar.
7. Confusão entre “lose” e “miss”
Essas duas palavras são frequentemente confundidas.
- “Lose”: refere-se à perda de algo da sua posse. Exemplo: “I lost my keys.”
- “Miss”: é usado para perdas de eventos ou oportunidades. Exemplo: "I missed the bus."
Dica prática: Lembre-se: “Lose” é usado para coisas que você possuía ou perdeu contato, enquanto “miss” é usado para eventos ou oportunidades perdidas.
8. Trocar “many” por “much” e vice-versa
Confundir "many" e "much" é um erro comum. A diferença está no tipo de substantivo que acompanha cada um:
- “Many”: usado com substantivos contáveis (aqueles que podem ser enumerados). Exemplo: “I have many books.”
- “Much”: usado com substantivos incontáveis (aqueles que não podem ser contados individualmente). Exemplo: “I don’t have much time.”
Dica prática: Pergunte-se se o substantivo pode ser contado (um, dois, três). Se sim, use "many"; caso contrário, use "much".
9. A pronúncia do dígrafo "th"
O som do "th" não existe em português, o que dificulta sua pronúncia.
Errado: "Tink about it."
Errado: “Fink about it.”
Dica: Estude a transcrição fonética! O som do "th" em "think" é representado como /θ/, produzido colocando a ponta da língua levemente entre os dentes superiores e inferiores, seguido de uma suave exalação de ar.
10. Falsos cognatos: amigos que não são amigos
Os falsos cognatos são palavras que parecem significar algo, mas têm um significado completamente diferente.
- Actually: não significa "atualmente", mas "na verdade".Exemplo: "Actually, I don’t like coffee."
- Pretend: não significa "pretender", mas "fingir".Exemplo: "He pretended to be sick."
- Library: não é "livraria", mas "biblioteca".Exemplo: "I borrowed a book from the library."
Dica prática: Crie uma lista com falsos cognatos comuns e suas traduções corretas. Inclua frases de exemplo para fixar o uso.
O maior erro dos brasileiros no inglês é…
Por fim, o maior erro que qualquer pessoa pode cometer ao aprender inglês é desistir. O aprendizado é um processo de tentativa e erro - e é normal cometer falhas no caminho. Como já dissemos várias vezes aqui no blog, não ter confiança pode ser um obstáculo maior do que qualquer dificuldade linguística.
Dica final: Celebre suas conquistas, mesmo que pequenas. Corrigir erros e aprender nuances faz parte da jornada, mas o mais importante é se sentir confiante para se comunicar.
Curiosidades sobre os erros comuns em inglês
O processo de aprender inglês está cheio de peculiaridades que podem gerar erros frequentes. Veja algumas curiosidades ligadas a esses desafios:
- Ortografia britânica versus americana: Palavras como “colour” (britânico) e “color” (americano) ou “organise” (britânico) e “organize” (americano) podem confundir aprendizes ao encontrar essas diferenças em textos. Escolher um estilo (britânico ou americano) e ser consistente é uma boa prática.
- Plural de “people”: Muitos aprendizes confundem o plural de “people”. Apesar de “people” ser plural por si só, “peoples” existe, mas é usado apenas para se referir a diferentes grupos de povos.
- O uso de “double negatives”: Em português, frases como “não vi ninguém” são comuns. Em inglês, frases com dupla negativa como “I don’t see nobody” são consideradas incorretas.
- A importância do contexto: Em inglês, a mesma palavra pode ter significados totalmente diferentes dependendo da frase. Por exemplo, “set” tem mais de 400 definições diferentes no dicionário Oxford!
Não tenha medo de cometer erros comuns de brasileiros no inglês - tenha medo de nunca aprender!
Aprender inglês é um processo contínuo que envolve prática e paciência. Ao corrigir os erros ao falar inglês mais comuns, você estará dando passos importantes para alcançar a fluência. Não tenha medo de errar — é errando que aprendemos!
Lembre-se: o objetivo não é ser perfeito, mas se comunicar com confiança e clareza. A prática constante e a atenção aos detalhes farão de você um falante fluente mais rápido do que imagina.
Obrigado por ler esta postagem!
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Daniel Casden é o coordenador da Nativ Inglês e fundador da abordagem “Nativ Inglês” para ensino da língua inglesa. Americano, mudou-se para o Brasil para morar com sua esposa brasileira; porém, após lecionar em cursos de inglês com currículos rígidos e obsoletos, optou por fundar sua própria escola. Atualmente, soma dez anos de experiência em ensinar inglês de forma intuitiva, prática e centrada no aluno.
Tendo vivido em diversos países e diferentes experiências profissionais,...