Aprender um novo idioma é um desafio, mas também é uma experiência bastante recompensadora. Afinal, o inglês é a língua mais falada no mundo, com mais de 1.5 bilhão de falantes nativos e não nativos - e dominar o idioma abre oportunidades únicas em várias áreas da vida.
Por exemplo, com o inglês, você pode viajar sozinho para outros países, ganhar acesso à infinitude de recursos online, estudar em uma universidade internacional, encontrar um emprego melhor, ou mesmo conhecer mais de perto a cultura de outros países. Você pode ler sobre esses e vários outros motivos para aprender inglês clicando aqui.
No entanto, a depender do seu objetivo, você irá precisar de um certo nível de proficiência com a língua inglesa. E é por isso que criamos esse artigo para você: ao longo dele, iremos explorar os seis níveis de fluência em inglês, mostrando as principais habilidades do usuário de cada um deles.
O que são os níveis de fluência em inglês?
Os níveis de fluência em inglês são uma forma de classificar a proficiência no idioma de acordo com um conjunto de critérios definidos. Eles são amplamente utilizados por instituições educacionais, empregadores e outras organizações para avaliar o nível de proficiência dos falantes de inglês seguindo um padrão.
A principal referência para isso é o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (CEFR). Ele foi desenvolvido pelo Conselho Europeu em 1995 para facilitar a comparação de níveis de proficiência em línguas estrangeiras em toda a Europa.
O CEFR divide a fluência em línguas não-nativas em seis níveis: A1, A2, B1, B2, C1 e C2. Com isso, existe uma estrutura padronizada para avaliar a proficiência em idiomas estrangeiros, facilitando a comunicação entre instituições e indivíduos de diversos países.
Caso nada disso tenha feito sentido para você, não se preocupe, pois veremos os seis níveis logo abaixo!
Níveis básicos
Segundo os níveis designados pelo CEFR, aqueles na categoria “A” representam os primeiros passos no aprendizado de qualquer língua.
A1: iniciante dando seus primeiros passos
Nesse nível, os usuários são capazes de entender e usar expressões simples relacionadas a situações cotidianas. Aqui vão alguns exemplos:
- Entendem e respondem a perguntas simples sobre si mesmos e seu ambiente imediato. Imagine perguntas do tipo “What is your name?”, “Where do you live?” e “What time is it?”
- Conseguem se comunicar com frases relacionadas a necessidades imediatas, como “I’m hungry”, “I’m not feeling well” e “I need to go to the bathroom”;
- Podem se apresentar de forma simples, como “I’m Daniela and I’m 26 years old”;
- Compreendem instruções simples, como “Turn left in 200 meters”.
A2: usuário básico
No nível A2, os usuários são capazes de compreender frases e expressões comuns relacionadas a assuntos que lhes são familiares ou de interesse pessoal. Abaixo estão outras características dos estudantes nesse nível:
- Podem se comunicar em situações do dia a dia que requerem trocas simples e diretas de informações. Isso inclui pedir informações em um restaurante ou comprar um bilhete de trem sem auxílio de terceiros;
- Conseguem descrever experiências, sonhos e eventos simples. Por exemplo, “I went to the bar yesterday” ou “I want to travel abroad”;
- São capazes de descrever sua formação, seus hobbies e o ambiente ao seu redor de forma simples. Eles também podem usar frases para expressar opiniões e preferências, como “The movie was amazing” e “I enjoy listening to rap music”;
- Entendem conversas casuais acerca de temas cotidianos, como o clima, as notícias, planos para o fim de semana e tarefas domésticas.
Níveis intermediários
Já os níveis intermediários compreendem aqueles que começam com “B”, representando um avanço significativo em relação aos níveis mais básicos. Eles indicam que os usuários estão desenvolvendo maturidade linguística, expandindo seus vocabulários e ganhando independência pouco a pouco.
B1: usuário básico independente
Nesse nível, os usuários são capazes de compreender boa parte das conversas cotidianas sobre assuntos familiares em diversos contextos (como trabalho, escola e hobbies), mas não é só isso:
- São capazes de lidar com a maioria das situações que podem surgir em uma viagem ao exterior;
- Conseguem produzir textos, e-mails, resumos e afins com um tom simples;
- Podem relatar sonhos e experiências com mais detalhes e coerência;
- São capazes de defender brevemente um ponto de vista ou justificar uma escolha;
- Conseguem expressar desejos e sentimentos mais complexos, embora às vezes não sejam claros o suficiente.
B2: usuário independente
No nível B2, o estudante já é independente o bastante para conseguir estabelecer diálogos mais complexos com falantes nativos com certa espontaneidade e fluidez. Por conta disso, o B2 é também considerado por muitos o primeiro nível de fluência na língua inglesa. Os estudantes nessa categoria também podem:
- Lidar naturalmente com assuntos mais variados e complexos, como política e economia. Isso também inclui dar uma opinião mais embasada com base em suas convicções;
- Interagir naturalmente com falantes nativos, principalmente no meio escrito;
- Produzir textos que requerem mais maturidade linguística, como artigos e relatórios detalhados;
- Ler livros e artigos acadêmicos sobre um assunto de interesse;
- Escrever textos coerentes para jornais, revistas, blogs e afins;
- Assistir a uma palestra ou conferência e compreender a maior parte do que é falado.
Níveis avançados
Por fim, chegamos à categoria avançada, com dois níveis que começam com “C”. Podemos dizer que um estudante nesse nível é fluente em inglês, mas chegar no ponto mais alto dessa jornada requer muito estudo (e principalmente prática)!
C1: usuário independente avançado
Se B2 é considerado o primeiro nível de fluência, o C1 é aquilo e mais um pouco, dominando funcionalmente o idioma. Os estudantes nesse nível possuem um vocabulário muito maior, geralmente compreendendo algo na casa das 8 mil palavras em inglês, mas suas características não param por aí, porque eles também podem:
- Facilmente ler e compreender livros e artigos com teor mais técnico, bem como escrevê-los;
- Conversar com outros falantes de maneira fluente e espontânea, não precisando constantemente pausar para encontrar as palavras e evitando erros gramaticais;
- Expressar opiniões sobre assuntos complexos de forma clara, estruturada e coesa, conectando as sentenças de forma natural;
- Encontrar sutilezas na entonação e na escolha das palavras utilizadas, possibilitando o entendimento de um significado implícito;
- Compreender vídeos, filmes, palestras, jogos e afins sem o uso de legendas.
Por conta disso, eles possuem o domínio funcional do inglês, usando-o efetivamente para fins profissionais, sociais e acadêmicos.
C2: usuário proficiente (domínio pleno do inglês)
Enfim, chegamos ao nível mais alto na classificação do CEFR: C2. Ele representa o domínio pleno de uma língua não-nativa, indicando que o estudante compreende quase tudo o que escuta e lê sem precisar se esforçar.
Eles também conseguem se expressar de forma natural, precisa e fluente em qualquer situação, produzir textos de alta qualidade, entender nuances ainda mais sutis, participar ativamente de discussões acadêmicas e profissionais e muito mais.
Em suma, esse nível representa o ápice, o domínio pleno da língua inglesa, sendo efetivamente o mesmo nível de um nativo.
Como saber qual o meu nível de fluência em inglês?
Sejam lá quais seus objetivos em aprender inglês, o primeiro passo para turbinar seu aprendizado é entender qual o seu nível de fluência atual. Dessa forma, fica mais fácil para você traçar metas realistas, escolher os materiais de estudo mais apropriados e acompanhar seu progresso com mais clareza.
Uma ótima forma de começar é fazendo uma autoavaliação sincera. Pense em como você se sairia em situações reais que exigem o uso do idioma.
Você consegue entender conversas básicas em inglês, como se apresentar, pedir informações ou fazer um pedido em um restaurante? E quanto a acompanhar o diálogo de filmes e séries com legendas em inglês (ou mesmo sem legendas)?
Você se sente confortável lendo textos simples em inglês, como notícias e posts de redes sociais? Consegue se aventurar na leitura de livros infantis ou infantojuvenis em inglês, ou até mesmo livros e artigos mais complexos, sem precisar consultar o dicionário a todo momento?
Na hora de escrever, você consegue se expressar em inglês com clareza e naturalidade? Consegue escrever frases e pequenos textos, como e-mails ou mensagens? E quanto a textos mais longos, como redações ou artigos, você se sente confiante para escrever com gramática e vocabulário corretos?
Por fim, pense na sua fluência na fala. Você consegue se apresentar e falar sobre si mesmo em inglês? Consegue participar de conversas básicas sem hesitar muito? Ou você já se comunica com fluência e naturalidade em inglês, expressando suas ideias com clareza em diferentes situações?
Refletir sobre essas perguntas e como você se sairia em cada situação pode te dar uma boa ideia do seu nível de inglês, principalmente se você comparar suas respostas com as descrições dos níveis do CEFR.
Testes online: uma ferramenta para avaliação prática
Existem diversos sites e plataformas online que oferecem testes de nivelamento gratuitos. Eles costumam ter perguntas de múltipla escolha sobre gramática, vocabulário e leitura, com alguns sites trazendo perguntas que desafiam seu listening.
Apesar de serem avaliações superficiais, elas podem te dar um norte quando você não está muito seguro com sua autoavaliação.
Professores particulares ou escola de idiomas: avaliação completa
Para uma análise mais precisa do seu nível de fluência em inglês, o ideal é fazer um teste de nivelamento em uma escola de idiomas ou com nossos professores particulares. Eles poderão avaliar suas habilidades de forma mais completa, observando seus conhecimentos gramaticais, sua fluência, pronúncia e capacidade de se comunicar nas mais diferentes situações.
Exames de proficiência: provando seu nível de fluência para o mundo
Se você quer ter um certificado que comprove seu nível de inglês para universidades, empresas, ou processos de imigração, os exames de proficiência são a melhor opção.
Eles avaliam suas habilidades de leitura, escrita, compreensão auditiva e fala de forma padronizada e reconhecida internacionalmente.
Com tantos exames disponíveis, como saber qual escolher?
TOEFL: Test of English as a Foreign Language
O TOEFL é um dos exames de inglês mais populares do mundo, aceito por milhares de instituições de ensino e empresas em diversos países, mas é mais comum nos Estados Unidos e no Canadá.
Esse teste é realizado de forma online e avalia a sua capacidade de usar e entender o inglês em um contexto mais acadêmico. Ele é subdividido em quatro seções: reading, listening, speaking e writing. Cada seção tem uma duração e formato específicos, com perguntas de múltipla escolha, respostas abertas e tarefas de fala e escrita.
Seus resultados variam de 0 a 120 pontos - e cada faixa de pontuação corresponde a um nível do CEFR, de A2 a C1, indicando seu nível de fluência em inglês em um contexto acadêmico.
IELTS: International English Language Testing System
O IELTS, em contrapartida, costuma ser mais aceito em países como Austrália, Reino Unido e Nova Zelândia. Ele é um teste que avalia sua capacidade de se comunicar em inglês em diversas situações, também sendo dividido nas quatro seções.
Todas elas são realizadas presencialmente no papel, com a seção de speaking sendo uma entrevista individual com um examinador. Seus resultados variam de 0 a 9, com notas em cada seção, e cada faixa corresponde a um nível do CEFR, de A1 a C2.
Cambridge English: certificados para todos os níveis
Já os exames de Cambridge oferecem uma gama de testes para diferentes níveis de fluência em inglês, desde o básico (A2) até o proficiente (C2), sendo excelente para adolescentes. Cada um tem um formato específico, mas geralmente incluem as mesmas quatro áreas dos anteriores.
Os exames mais populares são o FCE (First Certificate in English, também conhecido como B2 First) e o CAE (Certificate in Advanced English, ou C1 Advanced). Os resultados desses testes são apresentados em uma escala de 80 a 230 pontos, com várias faixas correspondentes aos 6 níveis definidos pelo CEFR.
Procurando por dicas para aprender inglês mais rápido?
Aprender inglês e atingir a fluência mais rápido é o desejo de muitos. No entanto, é importante lembrar que a língua inglesa é um idioma como outro qualquer: é necessário estudar bastante e colocá-lo em prática consistentemente para notar uma evolução.
Dito isso, uma das dicas mais valiosas envolve estabelecer metas realistas. Por exemplo, não tente aprender tudo de uma vez, mas comece com metas pequenas e vá incorporando o conhecimento adquirido no dia a dia.
Outra envolve encontrar um método de estudo que funcione para você. Algumas pessoas aprendem melhor quando estão em um ambiente escolar (como uma sala de aula), enquanto outras preferem aprender “na raça” interagindo com outros falantes de inglês. É também possível aprender por conta própria, evoluindo ao assistir filmes, séries e vídeos de entretenimento.
Aliás, eles são uma excelente forma de melhorar a sua compreensão auditiva - o tal do “listening” - e de expandir seu vocabulário com expressões idiomáticas. Em contrapartida, livros são excelentes para melhorar a compreensão textual - e conversar com outros usuários é a melhor forma de praticar a conversação, mais conhecido como “speaking”.
Se você quer pelo menos outras dez dicas, confira nosso outro artigo no mesmo assunto.
Obrigado por ler esta postagem
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Daniel Casden é o coordenador da Nativ Inglês e fundador da abordagem “Nativ Inglês” para ensino da língua inglesa. Americano, mudou-se para o Brasil para morar com sua esposa brasileira; porém, após lecionar em cursos de inglês com currículos rígidos e obsoletos, optou por fundar sua própria escola. Atualmente, soma dez anos de experiência em ensinar inglês de forma intuitiva, prática e centrada no aluno.
Tendo vivido em diversos países e diferentes experiências profissionais,...